FEITURA DE UM POEMA
Gotejam subtilmente das retinas
Cálidas partículas de inspiração
Cintilam no lusco-fusco silencioso
Metáforas desfolhadas ganham viço
Numa feitura aleatória de versos
Que azulejam o caiado papel
Enquanto no horizonte esvai-se
o dia
Sopram na sacada ventos
de poesia