DESENGANOS
No vazio dessa ausência,
o dia não amanhece.
Nuvens grotescas engolem o sol
e na inquietude do silêncio,
ouve-se um presságio...
E o que antes eram notas
de uma melodia cheia de promessas,
agora pesa em acordes fúnebres no ar...
No vale dos desenganos,
caem por terra ilusões desfiguradas,
vestidas de amargura...
No mais,
apenas a face Ignóbil da mentira
traz estampada a certeza de que tudo
foi em vão.
Esse texto... Demorei a comentá-lo... Cada vez que me propunha a fazê-lo faceava, tal como agora, a tristeza de ver um ser tão belo como a poetiza às voltas com os efeitos da mentira, sentimentos de que tudo foi em vão... Já vivi isso... Passado longo tempo ainda sinto os efeitos nefastos... Entristece-me saber, ao menos poder presumir, que decepções estão ainda a afligir a cara poetiza... Bem... Sempre nos restará o consolo de que NADA É EM VÃO... Se em cero momento aquilo porque lutamos, almejamos, não se concretiza, nos aperfeiçoa nesta luta, torna-nos aprimorados na busca dos nossos anseios.
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