PRIMAVERA MORTA
Sem propósito,
nascem os dias
assim,
esquálidos...
Afundados num
silêncio
amorfo,
pássaros
emudeceram.
Tudo o que se
ouve,
são ecos das
palavras
frias...
Navalha afiada,
retalha
lembranças,
eviscera a
esperança...
O sol perdeu os seus
raios,
nos braços do
frio inverno.
Esvaiu-se o
aroma,
a vida em coma,
nesse breu
sempiterno...
Na aridez da
tristeza,
o amor padeceu,
um poema feneceu,
a estação não
floresceu.
Um poema triste. Um findar dos dias em agonia lenta.
ResponderExcluirVamos brindar ao tempo da felicidade e aceitar a diferença entre as estações.
Será que a mudança não nos oferece um colorido mais maduro e definido???
Falar de flores mortas, terra trincada faz uma revolução na alma, mas o poeta com arte faz beleza da coisas murchas e mortas e renasce na primeira manhã com o brilho do girassol.
ResponderExcluirAbraços
Gentil amiga !
ResponderExcluirPoderá ser triste, mas considero-o
muito bem conseguido e estruturado.
Obrigado pela partilha
Beijo e meu sorriso
Jorge Brites