PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Contemplativa

CONTEMPLATIVA

“Da janela lateral
Do quarto de dormir”
Não avisto o horizonte
Só um canto do jardim
Aqui em minha janela
Esqueço o ponteiro do tempo
Seco os cabelos ao vento
Ao natural, posso ser bela
Nessa pacata manhã
Meu olhar de contemplação
Espia o sol beijar a roseira
Lamber o fruto da romã

Um comentário:

  1. Da sua janela o mundo lhe abre os braços e com seu olhar poesia, viaja no imenso que se abre a frente.
    Lindo contemplar Beth.
    Uma linda semana a voce.
    Abraços.
    Bju

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