PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Borboletear



BORBOLETEAR

De hoje em diante
vou mudar o compasso
de meu caminhar.
Sem ranço de mágoas,
desisto de tudo o que pesa...
Lembranças nefastas,
esperas inúteis,
sonhos que não vale a pena
sonhar...
Nos pés da leveza,
insuflada  de vida,
aprendi a voar.

               Não nasci pra ser lagarta...
               Quero mesmo é borboletear.
Postado por às

2 comentários:

  1. Unknown30 de setembro de 2014 às 00:17

    Penso que todos nascemos mais borboletas que lagartas.
    Esvasiando-nos do que não presta nem nos serve na viagem prenderemos a voar.

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  2. Toninho30 de outubro de 2014 às 19:05

    E saber da liberdade que nascem com as borboletas.
    Vamos sim borboletear nas asas da liberdade.

    ResponderExcluir

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