GRÁVIDA DE AMOR
Nas trilhas solitárias
do breu silencioso
a vida descansa...
Ébrios tropeçam
nas ilusões,
os sonhos pedem
passagem...
Violas lamentam
amores perdidos
derramados na voz
dos menestréis.
Debruçados em parapeitos,
olhos molhados fitam
o infinito...
Buscam consolo no
colo das estrelas.
Amantes comungam
no altar das alcovas
juras eternas no
cálice do prazer...
Alheia aos
infortúnios,
a lua inspira-se...
Com as entranhas emprenhadas
pelos anseios errantes,
explode em versos a vate...
Grávida de amor,
a noite pari poesia.
Rebento fecundado pelo verbo (amar?)
ResponderExcluirem entranhas substantivas,
encantadas com a prosopopeia que atribuis à lua que,
excitada com as juras que ouve do cálice, mera metonímia
de quem na verdade é amiga, mira o colo das estrelas em busca
da metáfora que não sabia ali existir, com os mesmo olhos que,
hiperbolicamente fitam (e veem) o infinito, embalada pelos sons
que na forma do teu poema choram os menestréis ao adjetivar o amor,
sem saberem que os sonhos e ilusões jamais descansam,
muito menos se obumbram silenciosamente... Os sonhos e ideais gritam,
na forma de poesia, que em pura sinestesia traduz estesia,
que tua pena, poetiza, eterniza.
--------------
Desculpe poetiza, mas a beleza dos teus versos exigiu que me alongasse em minhas considerações...