PRENHA DE FELICIDADE
Porque somos assim...
Eu em ti, tu em mim.
Almas afins, na vastidão do universo,
puros de coração, semeamos amor...
És senhor de meus desejos,
Poseidon que agita meu mar Egeu.
Teu corpo é pira onde ardem centelhas,
fogo sagrado de Prometeu...
Poseidon que agita meu mar Egeu.
Teu corpo é pira onde ardem centelhas,
fogo sagrado de Prometeu...
O teu cheiro de colônia genuína,
eriça-me a pele, tatua as ranhuras.
Meus sentidos aceleram-se...
Deixo-me embriagar pelo ópio
alucinante da paixão.
Nossos corpos aliciados,
conhecem de cor as trilhas do prazer.
Tateamos sem pressa superfícies arrepiadas,
leitura em braile do verbo querer.
Formas que se encaixam com exatidão,
em verso e reverso, no ato e no amplexo.
Côncavo e convexo, sem nexo ou razão...
Virilhas se ajustam nas coxas
enlaçadas.
Sexos devassos, despidos de pudor,
afundam-se tragados, sedentos, suados...
Sexos devassos, despidos de pudor,
afundam-se tragados, sedentos, suados...
Desejos derrapam num frenesi desvairado...
Fluidos caudalosos jorram esparramados
das entranhas abissais.
O resto é silêncio, lá fora não há...
A vida é aqui, melodia profana,
sinfonia de amor em notas obscenas,
acordes lascivos de nossos ais.
Na plenitude desse amor,
extasiado, o corpo inteiro sorri.
Sinto-me levitar,
envolta nessa alquimia...
Prenha de felicidade,
inspiro-me e brindo com poesia.
Aceite, por favor, como comentário, esses versos:
ResponderExcluirEm coda nem sempre definida
Ante os aplausos dos interiores
desnudos os corpos se dobram
em agradecimento a tão intenso ato...
Carrego comigo o amor...
Fruto de dueto uníssono, undíssono, melíssono.
Eis aí a prenhez que todos nós, independentemente de sexo, gostaríamos de carregar... Uma gestação que, tal qual a outra, é fruto, igualmente, do amor... Porém traz, no seu caso, como fruto, a poesia...
ResponderExcluir