PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

FLOR MULHER



 FLOR MULHER

Vem meu amado,
deite-se em minha relva macia
sente meu aroma de flor mulher,
deixe-se acolher por minhas pétalas suaves
entregue-se ao deleite de meus beijos...

Te sentirei esparramar-se sobre mim,
teus desejos ardentes a queimar-me a pele.
Ávida de vontades,
entrego-me a ti...


Entre minhas linhas,
busque tua inspiração
e escreve teu poema mais lindo
banhado em tinta quente
que escorre de meu calor
desaguando em gozos de amor....

Postado por às

2 comentários:

  1. Anônimo28 de fevereiro de 2013 às 10:01

    Olá, Beth, vim conhecer seu blog. Um belo local. Muito legal. E este seu poema é cheio de energia, sensual, intenso... Parabéns. Grande abraço. Fuji

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  2. Nude Dado8 de março de 2013 às 21:05

    Em bico-de-pena de grosso calibre
    sinto o deslizar de "tinta quente"...
    Que grafa com perfeita exatidão
    cada ponto da áscua que trazes à pele.
    Com ela tatuo teu corpo de forma invisível,
    mas que brilha ao brilho dos olhos desejosos,
    umidifica-se em tua entrega,
    incendeia-se
    ao mesclar-se ao inflamável fluído que a ela uno...
    E com isso apaziguo-lhe a avidez...
    Só para depois atiça-la outra vez.

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