PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Quem dera...



QUEM DERA...

Quem dera morar em teu abraço
Repousar todo o cansaço
Dissipar minha aflição...

Quem dera mergulhar em teu olhar
Banhar meu ser nesse mar
Extravasar de vez a emoção...

Quem dera me afogar no teu beijo
Sentir o peito entoar um solfejo
O corpo inteiro em diapasão...

Quem dera singrar em tuas veias
Ser os fios que tecem a teia
Que irriga tua paixão...

Quem dera meu Deus, quem dera
Mudar o tom dessa quimera
No apogeu da primavera
Florescer em teu coração.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Reinventando o Natal



REINVENTANDO O NATAL



Que esse Natal seja diferente,

Feito de gente pra gente...

Vamos desembrulhar os afetos,

Sorrisos, generosidade e respeito.

Que os laços sejam de olhares e abraços,

De carinho e toda emoção que guardamos

No peito.

Devemos espalhar alegria, exercitar gratidão,

Compreender as dores, repartir o pão.

Plantar uma árvore de amigos,

Reais e virtuais, no jardim do coração.

Pendurar a esperança na janela,

Reunir nossa família e agradecer

Sob a mesma luz...

Acender no coração a presença

De JESUS.

Fazer dobrarem os sinos,

Brindando a vida e celebrando

O amor.

Vamos reinventar nosso calendário

Espiritual...

Enfim compreender

Que de janeiro a janeiro

É NATAL.




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Fascínio



FASCÍNIO

Sempre que a lua cheia,
espalha um olhar de candeia
como tapete sobre a noite,
o mar inteiro clareia...


Em transe, a bela sereia,
veste-se toda de encanto
e com a magia de seu canto
desenha um poema na areia.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Palavras ao vento

 PALAVRAS AO VENTO

Sempre que meus olhos tropeçam
Nas palavras que escreveste
Sangra no peito a saudade
Como um golpe de florete

Tantas promessas seladas,
Entre juras de amor eterno
Versos e rimas trocadas
Rabiscados num caderno

As juras foram quebradas
Esquecidas pelo tempo
Naquelas palavras versadas
Não havia sentimento

Hoje a lembrança que guardo
Tem um travo de amargura
Tanto amor desperdiçado
Nas garras da desventura

 
                       A saudade compôs um lamento
                       Com suas palavras jogadas ao vento