PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

EXTREMOS 
(By Me)


Meus versos não têm dose certa
Oram pingam silenciosos
Gotejando no papel
Quem sabe despencam furiosos
Num´enxurrada alagando o céu

Minha emoção não tem medida
Ora sou brisa de calmaria
Onde a alma repousa em paz
Por vezes tempestade de agonia
Nma angústia contumaz

No compasso dessa dança
Transitando nos extremos
Vou seguindo minh´andança

quinta-feira, 24 de maio de 2012

  CORTE & COSTURA
 (By Me) 
 
Na criação da poesia

Vou recortando versos
E costurando  idéias
No tecido das palavras

No bordado da inspiração

Alinhavo um poema instigante
Que desnude aos olhos alheios
Uma leitura fascinante

segunda-feira, 21 de maio de 2012

PÁGINA VIRADA
 (By Me)


Cansei de chorar essa dor d´amor
Cansei d´entoar no peito clamor
Cansei de viver só de saudade
Saio em busca da felicidade

Cansei dessa tua indiferença
Cansei de viver nessa crença
Cansei desse caos d´amargura
Procuro outro ninho de doçura  

Já estou com o pé n´outra estrada
É tempo de sorrir e sonhar
N´aurora o sol volta a brilhar

Vou dar férias pro meu coração
Não quero mais sofrer sem razão
Quanto a ti, és página virada







sexta-feira, 18 de maio de 2012


OS VERSOS QUE TE DEI
 
Os versos que te dei, eram como fachos d´alma
Entoando melodia vienense que acalma
Os versos que te dei, brotavam do coração
Da cor do rubro sangue que bombeia de paixão

Os versos que te dei tinham aroma de alecrim
Suas formas e matizes florescendo no jardim
Os versos que te dei exalavam sentimento
Nas rimas e palavras um sagrado juramento

Mas teu duro coração não foi feito pra poesia
Recolhi todos os versos e compus esta elegia
Pois aquele teu amor não passava de um falsete
Os meus versos de amor hoje sei, não mereceste




(By Me)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

 BELA BAHIA
 (By Me) 

B aía de todos os santos, encantos e axé
A
bençoada por Deus, pelo cacique e candomblé
H istória de lutas, de misturas e escravidão
I grejas que abrigam tesouros, muita fé e devoção
A ntologia de tantos poetas e belas canções

B erimbau que dita o compasso da capoeira

E streitas ruas que escondem magia no caminho
L adeiras que engrossam as pernas das mulheres
A tabaques e tambores que ecoam no pelourinho

B ahianas  que dançam e lavam a escadaria

A carajé com pimenta uma deliciosa iguaria
H ospitalidade de um povo sempre afetuoso
I nestimável patrimônio cultural da humanidade
A legrias, cores e sabores que a gente só vê na Bahia
 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

14 DE MAIO
(inesquecível)

AINDA ONTEM
(By Me)

Parece que foi ontem, você chegou
Trazendo na mala versos de Pessoa
A tua paixão o meu peito abrasou
 Teu sol aqueceu o meu céu de garoa

Parece que foi ontem, assim de repente
O amor brotava nos lábios e no olhar
A vida se fez mais feliz novamente  
No gozo eterno e no prazer de sonhar

Mas o  teu amor era assim tão fugaz
Sem versos nem adeus você se esvaiu
Deixou-me sem rumo, sem chão e sem paz

O ontem ainda vive no meu coração
No rastro do tempo tento esquecer
O dia em que você partiu sem razão

quinta-feira, 10 de maio de 2012


  MÃES & MARIAS
 (By me)

Mãe
Maria
Mãe Maria
Maria mãe
Mãe de Maria
Maria e mãe
Mãe e Maria
Maria Mulher
Santa ou Maria
Simplesmente Maria
              


terça-feira, 8 de maio de 2012


 ÉTICA E CIDADANIA NAS RELAÇÕES DE INCLUSÃO
 
(By Me) 



Qualquer discussão sobre questões da inclusão social nos remete a valores subjacentes e à interrogação dos seus fundamentos, trazendo portanto, a perspectiva da ética, enquanto uma reflexão crítica sobre os valores que orientam as ações e relações de indivíduos e grupos no contexto social.
Incluir, nos afirma Aurélio é “compreender, abranger, conter em si, envolver, implicar”. Estar incluído é fazer parte, pertencer juntamente com os outros. Quando buscamos a origem etimológica do termo ética, encontramos a referência a “ethos”, morada do homem, espaço construído pela ação humana que transcende a natureza e transforma o mundo, exigindo-lhe uma significação específica. O ethos designa assim, o espaço da cultura do mundo transformado pelos seres humanos. No ethos manifesta-se um aspecto fundamental da existência humana: a criação de valores. Valorizar é relacionar-se com o mundo, atribuindo-lhe um significado, sem ser indiferente.
A cidadania implica uma consciência de pertença a uma comunidade e se estende a todos os indivíduos na sociedade, sem discriminação de raça, gênero, credo religioso, classe, necessidades. Pertencer a uma comunidade implica em uma relação estreita entre seus membros. Estar incluído implica responsabilizar-se, partilhar de uma responsabilidade que não tem caráter apenas individual, mas coletivo.
A desigualdade se instala à medida que deixo de reconhecer o outro como alguém que entra na constituição de minha identidade, “alter” e passo a tratá-lo como “alienus”, o alheio, alguém com quem não tenho nada a ver, resultando em uma forma específica de alienação: a desconsideração do diferente com quem se estabelece a comunicação, a convivência, a construção partilhada de cada um e de todos no mundo.
Uma relação social fundamental é aquela caracterizada pela relação entre sujeitos: eu-outro, ou seja, simetria. Nesse contexto, temos o princípio ético que é o reconhecimento do outro. Não posso dizer que sou eu, se não sou reconhecido pelo outro e se não o reconheço como alguém como eu. Não como idêntico a mim, mas diferente e igual. O contrário de igual não é diferente, é desigual e tem uma conotação social e política. A afirmação de identidade se dá na possibilidade da existência da diferença e na luta pela superação da desigualdade.
Nesse sentido, pensamos em uma ética voltada para o outro como prioridade sobre o eu- a ética da alteridade. Éticas reducionistas levam à discriminação, enquanto que a ética da alteridade leva a uma prática de respeito e reverência, pois esvazia o indivíduo do preconceito. A ética da alteridade condena a segregação, a exclusão, os pré-conceitos e pré-juízos, e contempla o acolhimento do outro, a solidariedade, a diversidade e a justiça, não apenas como um discurso retórico, mas como atitude moral de comprometimento com o diferente, incluindo nesta classificação a nós mesmos, e consequentemente com o totalmente outro. Resumindo, é uma ética da alteridade empática que estabelece relações de inclusão.

sábado, 5 de maio de 2012


LÁBIOS DE MULHER
(By Me)

Lábios de mistérios, sedutores
Que pedem sem nada dizer
Lábios vermelhos, rosados, carmim
Lábios carnudos, sedentos e macios
Lábios quentes, molhados, gulosos
Lábios expostos, lá no alto
Encobertos, cá embaixo
Lábios grandes, pequenos lábios
Inchados, seivados
Lábios que escondem desejos
Lábios lascivos, que inflamam
Escondem malícia
Lábios abertos, em flor
Que desabrocham em carícias
Abrigam línguas, toques e anseios
Agasalham a volúpia retesada
Lábios quentes inundados
São os lábios de mulher
Quando entreabertos
Um convite ao prazer.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

SEXO,AMOR E NEXO

(By Me)

Sexo tem que ser indecente, irreverente e incongruente
Tem que ser sem pudores, sem vergonhas e sem temores
No sexo tem que ter paixão, palavrão e invasão
O sexo tem que ter luxúria, volúpia e fluidez
O sexo tem que ser lascivo, permissivo e nutritivo
É preciso despreendimento, envolvimento e afinidade
Desejo, tesão , avidez e intensidade
O sexo requer todos os sentidos, cada um com sensualidade
Odores, sabores, toques, gemidos e visões
Sexo para ser bom, tem que ser gostoso, dengoso e caprichoso
Tem que ter malícia, perícia e muita carícia
Corpos suados, recantos explorados, prazeres redobrados
Ter que ter cadência, experiência e malemolência
Vale gemer, vale chorar, vale gritar; sussurrar, vale pedir, desabrochar
Tem que soltar seus bichos, seus demônios e fantasias
Usar artifícios, feitiços e alegorias
É bom abraçar, apertar, esfregar, roçar, arranhar e entrelaçar
Tem que ter safadeza, sutileza e esperteza
Posições, emoções, aflições e criações
O sexo é procura, é loucura e insensatez
Pele, corpo, saliências e entranhas
Sofreguidão, exploração e penetração
Doação, revelação e consagração
Mas, o nexo do sexo, está naquele momento em que, após o gozo desejado e compartilhado, os corpos desfalecem suados e cansados; o corpo saciado e a alma extasiada.
Então, no aconchego do abraço do outro, seu coração sente-se em casa. Ali o amor se revela.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

NO VARAL DA ESPERANÇA
PENDUREI AS ILUSÕES
PRA QUE O SOL DA VENTURANÇA
AQUEÇA OS SONHOS E AS PAIXÕES

(By Me)