PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

EXTREMOS 
(By Me)


Meus versos não têm dose certa
Oram pingam silenciosos
Gotejando no papel
Quem sabe despencam furiosos
Num´enxurrada alagando o céu

Minha emoção não tem medida
Ora sou brisa de calmaria
Onde a alma repousa em paz
Por vezes tempestade de agonia
Nma angústia contumaz

No compasso dessa dança
Transitando nos extremos
Vou seguindo minh´andança

Um comentário:

  1. Um poema muito bom. Estados de alma.
    Existem muitos dias assim. As palavras não andam e a caneta perdeu a cor da tinta.
    Ainda assim corremos tentando segurar algum pensamento mais atrevido...

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