PALAVRAS SINGULARES
São palavras jeitosas, formosas, inteiras.
Sem sentido, sem juízo, sem valor.
Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.
Palavras intensas, carentes ou contentes.
Indecentes, inocentes, contingentes.
Trazem riso, pouco siso, alegoria.
Palavras de fé, de magia, de folia.
Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.
Falam de amores, de dissabores,
exaltam as dores.
Palavras alegres, cintilantes, efusivas.
Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.
Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.
Assim como falam, se calam.
Suplicam, replicam, explicam.
Palavras perdidas, inventadas...
De enfeite, deleite, um falsete.
Palavras tão belas, palavras de fera.
São palavras singulares,
São palavras de mim.
segunda-feira, 23 de março de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
Apelo astral
APELO ASTRAL
Com o olhar no
firmamento
Alinhavo um
pensamento
Nas bordas claras do
luar
Abastada em
sentimento
Minh´ alma revela o
intento
De teu coração
alcançar
Longe de ti o
tormento
Sangra o peito em
sofrimento
Nessa urgência de amar
Quem sabe o universo
conspira
Tece uma rede de
magia
Entrelaça nossas
vidas
Como os versos d´uma
poesia
sábado, 14 de março de 2015
Fome
FOME
Um calor desértico
percorre
as falésias do corpo,
derrete o juízo e
queima as ranhuras
da pele.
Como uma miragem,
chega-me...
Espraiada nesse oásis
de
promessas,
minha fome abocanha
seus desejos.
domingo, 8 de março de 2015
Smiplesmente mulher
SIMPLESMENTE
MULHER
Sou
força vital que gera a vida
Uma brisa suave, ou vento forte
Sou
fogo,queimo,sou aguerrida
Terra
firme, pilar, sou suporte
Sou luz
que brilha, uma joia rara
Solo
fértil, terra e água, sou grão
Sou lua,
tenho fases, sou odara
Inteira,corpo
e alma,sou paixão
Tenho
doçura, encanto, sou afável
Sou
fênix, Vênus, fera indomável
Fêmea
genuína, sou cio em flor
Sou
deusa, mulher, sou natureza
Verso
talhado, sou rima e beleza
Poesia
encarnada, sou puro amor
domingo, 1 de março de 2015
Poesia Corriqueira
POESIA CORRIQUEIRA
Uma poesia
corriqueira
Sem eira nem
beira,
Nasce assim, bem
Sorrateira...
Provoca zoeira,
Fogosa e
brejeira,
No meio do povo,
Sai de
porta-bandeira.
Balança a
roseira,
Rola a
ribanceira,
Se enrola no tronco
Da trepadeira...
Na noite festeira,
A gata
borralheira,
Se enfeita
faceira
Sacode a poeira,
Invadindo a
bebedeira.
É nó na
madeira...
Ao redor da
fogueira,
Joga capoeira,
Acende o fogo,
Incendiando a
Pasmaceira.
Assinar:
Postagens (Atom)