PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 18 de maio de 2012


OS VERSOS QUE TE DEI
 
Os versos que te dei, eram como fachos d´alma
Entoando melodia vienense que acalma
Os versos que te dei, brotavam do coração
Da cor do rubro sangue que bombeia de paixão

Os versos que te dei tinham aroma de alecrim
Suas formas e matizes florescendo no jardim
Os versos que te dei exalavam sentimento
Nas rimas e palavras um sagrado juramento

Mas teu duro coração não foi feito pra poesia
Recolhi todos os versos e compus esta elegia
Pois aquele teu amor não passava de um falsete
Os meus versos de amor hoje sei, não mereceste




(By Me)

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