PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Saudade orvalhada






SAUDADE ORVALHADA



Na menina dos olhos reluz um brilho molhado

Em gotas que deslizam como cristal orvalhado

Banhando as pétalas da face em flor



São lágrimas etéreas derramando saudade

Que brotam do peito com suavidade

Evocam lembranças de um grande amor



              Reminiscências daquilo que a alma guardou

                  Sentimento indelével que o tempo não apagou.






Um comentário:

  1. O que pode o tempo diante de um louco amor?
    Apenas assistir o lindo baile de versos ao amor.
    Lindamente construida.
    Um feliz 2015 amiga e estejamos em sintonia pela poesia.
    Carinhoso abraço de paz e luz.
    Senhor do Bonfim ilumine cada dia, cada manhã de inspiração.

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