PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 20 de novembro de 2011

FUTEBOL: PARA ALÉM DAS RIVALIDADES


 Temos acompanhado nas redes sociais e em outros espaços, as gozações dos torcedores tricolores tripudiando sobre a nação rubro-negra e sua permanência na segundona. Fazem isso como se esquecidos dos longos sete anos passados por lá, com direito a um turismo na terceirona.
E se para o dito “super homem” tricolor, com sua capa que atravessa os céus, chegar ao topo levou sete anos, imagine a dificuldade para um leão, que tem que escalar a montanha. Leão não voa, ruge. Leão luta e tem que enfrentar os adversários na garra.
Nesse processo, podemos observar a criatividade e o humor que se esboçam nas piadas, nas charges e paródias.
Entretanto, rivalidades à parte, penso que o momento é bom para reflexão de ambas as torcidas, tricolores e rubro-negros. A quem interessa a redução cada vez mais acentuada dos times nordestinos na elite de nosso futebol? Aos nordestinos certamente que não.
Esse ano vemos se confirmar a hegemonia dos times paulistas no dito grupo, ratificando a supremacia do eixo Rio-São Paulo, com direito a um reforço dos sulistas.
E basta ser um pouco atento para perceber que a cada ano torna-se mais distante para os times considerados “menores” lograr o tão sonhado título de campeão nacional. Isso porque, estatisticamente, quem tem maior número, maiores chances de atingir tal intento.
Diante disso, se faz necessária uma mudança de atitude e postura das confederações nordestinas, de seus dirigentes, jogadores e torcedores. O Nordeste precisa se fortalecer para brigar de igual pra igual pelos títulos.
É inconcebível que só tenhamos 3 ou 4 times do Nordeste participando da séria A, quando há times de tradição de fora da disputa. Estados com média de público altíssima nas partidas, torcedores apaixonados que todo ano precisam passar pela angústia e incerteza de subir ou descer, quando são eles que fazem melhor a sua parte.
Ao Bahia nem ao Vitória interessa apenas um, solitário, representando nossa região. Isso enfraquece e desvaloriza as suas conquistas. Os demais times não nos dão a devida importância e não nos respeitam.
Prova disso está traduzida na categoria de “clássico”; fora os regionais, jamais um jogo disputado entre um time no Nordeste e outro foi considerado clássico
As arbitragens são parciais, tendenciosas, haja vista sua atuação em jogos onde a má conduta afetou diretamente o resultado de muitos jogos. E nos casos de violência, como o úlitmo no jogado tricolor, que nem a mídia dá o destaque merecido.
Isso porque, meus amigos, o que manda é o dinheiro, a fama, o poder, que só se garante quando há união e representatividade. Não se enganem.
Ser o único representante do Nordeste na elite não é mérito, se formos comparar a força dos conterrâneos. Isso não valoriza as vitórias nem exige o respeito dos adversários. Isso é reducionismo.
A Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e outros precisam se conscientizar que o Nordeste tem força, tem história, tem cultura e acima de tudo, tem um povo rico e apaixonado. E nosso futebol precisa ser igualmente respeitado e valorizado.
Vamos acabar com essa idéia de que no Nordeste só tem festa e carnaval, para alegrar e satisfazer os prazeres dos “riquinhos” lá de baixo.
Acorda torcedor: o Nordeste não é CIRCO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

(Beth Lucchesi)




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