PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sábado, 10 de novembro de 2012

Súcubo

SÚCUBO 

(By Me)

Na calada da noite,
 invado tua alcova
Solitária...
Vou me esgueirando entre os lençóis
Que cobrem teu corpo nú...
Minhas mãos macias
Percorrem teus cantos,
Todos...
E em teu sonho 
tu me sentes...
Meu hálito quente,
Minha boca ávida,
Meus seios túrgidos,
Meu corpo sob o teu...
Teus instintos adormecidos,
Sucumbem tragados por
Minha sedução...
E arrebatado pela minha
Volúpia,
Teu desejo se espalha
E se oferece inteiro
Pra mim...
Nesse instante
És o objeto de meu prazer
Louco, intenso, insaciável
Minhas entranhas consomem-te,
Sugando tua energia
E teu gozo...
Banhada em desejos que escorrem
Desse rio de luxúria,
Devoro-te enlouquecida
Num ritual frenético
Até que meu corpo desfaleça
Regozijado, extasiado...
Com um beijo despeço-me
Enquanto permaneces
Em sono profundo
Ao amanhecer
Despertarás encharcado,
 com meu gosto na boca e
meu cio
entranhado na pele.


N.a.
Versão feminina do Íncubo, Súcubo é um mito de um demônio que invade os sonhos dos homens e através das relações sexuais, suga-lhes a energia vital, oriunda de seu prazer.


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