PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Uma concha ao mar


 UMA CONCHA AO MAR
(By Me)

Trago em mim anseios
Profundos,
Que ecoam em meu silêncio
Vazio...
Na inquietude de meu ser
Caleidoscópico,
Fragmentos dançam,
Emaranhados nas teias
De minha alma abstrata...
São pequenos retalhos
Desconexos,
A borbulhar como
Fagulhas incandescentes...
E nessa angústia
Exacerbada,
Lanço-me como uma
Concha ao mar
Das ilusões...
Banhada nas águas
Da inspiração,
Tento rabiscar
Meus versos...
Pequenos grãos de
Areia,
Afogados nas
Espumas brancas
Do mar...
Um dia, quem sabe,
Meus lamentos
Serão ouvidos,
Pela imaginação de
Quem crer
Na magia fascinante
Do mar...






Um comentário:

  1. Sou do mar o domador e mago: cavalgo as ondas e crio os redemoinhos e a pressão que encaracolam e achatam as conchas. Com minha magia resgato-as do fundo do mar e dou-lhes vida à praia, com o que respiram, vêem o sol e passam a escrever poemas sobre as conchas... Creio, assim, e atesto com meu Poder de Mago, na MAGIA FASCINANTE DO MAR.

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