PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sábado, 14 de setembro de 2013

Quimera



QUIMERA

Não venha falar de amor
Pra esse peito tão maltratado
Perfurado pelas lanças da dor

Não me ofereça teus belos versos
Traçados em pergaminho de poesia
Entoando mais uma elegia


 Não faça promessas de felicidade

          Cansei de viver no seio da saudade





Um comentário:

  1. Parece que em algumas situações a poesia e os poetas estão de costas voltadas. O amor sangra e a dor torna-se ainda mais activa.

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