PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Já fui tarde



JÁ FUI TARDE

Sobre a ponte de sua indecisão
tracei minhas pegadas...
Abandonei a solidão.

Com passos acelerados,
tropecei em duras pedras...
Peito e pés, maltratados.

Cansada de suas metades,
cruzei sem medos,
os portais da liberdade.

Alada de amor próprio,
esvaziei-me de você...

Sem motivos pra saudade,
voei sem olhar pra trás,
certa de que já fui tarde.

Um comentário:

  1. MARIA MENDES - RJ.

    QUERIDA JÁ CONHECI SUAS OBRAS DE ARTE NO RL. VIM LER MAIS E CONSTATAR A MARAVILHA QUE SÃO SUAS POESIAS, MAGNIFICAS E MUITO INSPIRADA, MEUS APLAUSOS PERFEITA SINTONIA EM CADA VERSOS. PARABÉNS, BEIJOS.

    ATT,
    MARIA MENDES

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