PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sábado, 7 de junho de 2014

É doce sentir o mar



É DOCE SENTIR O MAR


O mar é generoso...
Mesmo com as águas
turbulentas, furiosas,
sempre traz entre as espumas,
esperanças pra navegar.

A dor não vem do mar.
Vem da terra rachada,
dos solos inférteis das almas secas,
incapazes de amar.

É doce sentir o mar...
Sobre as ondas que correm mundo,
velejam segredos e magia,
banhados de maresia,
oceano para encantar.

Sempre que olhar o mar,
fecha os olhos em oração,
deixa-se banhar...

Faz-se praia,
veste-se de humildade...
Com as bênçãos de Poseidon,
o barco do amor ,em teu regaço,
aportará.




Um comentário:

  1. Uma foto perfeita e um poema encantador.

    Gosto de ver o mar e olhando-o me deixar navegar
    Entre as ondas e as espumas de maresia
    Todos nós sonhamos e nos deixamos encantar

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