PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Se eu fosse poeta

SE EU FOSSE POETA
Quem dera escrever um belo poema
Derramar a emoção no bico da pena
Revelar o amor no bojo d´um verso
Como os astros que clareiam o universo

Quem dera ter uma réstia de inspiração
Ventilando as palavras no coração
Nas estrofes flamejar o sentimento
Pra ser lembrado no livro do tempo

Quem dera ser poeta, como o velho mar
Que risca poesia no corpo da praia nua
Marulhando versos no ouvido da lua

Ah! Quem dera eu pudesse assim versejar
No silêncio da madrugada insone
Um poema c´as rimas de seu nome

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