PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O FOGO DO PRAZER



O FOGO DO PRAZER
Labaredas de mel,
Fogo do prazer
Lábios em brasa,
Línguas febris,
Corpos suados...



Os olhos mudam de cor,
As mãos tremem
Num tatear de braile
Revelando desejos
Transmitindo carícias...


Na fogueira santa do amor
Ardem anseios exasperados
Como feixes de lenha
Alimentando as chamas
Que cintilam
Na pira carnal...


Em celebração,
Os desejos explodem
Furiosas  centelhas
Fogos de artifícios
Brindam com gozo
A comunhão do prazer




Um comentário:

  1. O fogo do prazer bem cantado neste poema.
    Penso que devemos alimentar este fogo para que o desejo nunca morra em nós e nos conserve sempre jovens.
    O prazer corporal vem de dentro de cada pessoa transformando-a num jogo de conquista e sedução até á comunhão plena.

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