PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Solitude



SOLITUDE

  
Na solitude das horas,
visto-me de esperança.
De alma leve, aquieto-me...
Sentada à sombra dos igarapés,
aspiro a brisa que sussurra silente
promessas benfazejas.
A natureza é pródiga, assim
como o tempo...
Filha da terra, trago a força
das raízes perenes...
Sou senhora de mim,
guardiã de meus sonhos que
ecoam no templo sagrado
de meu coração.
 


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