PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Sem rumo



SEM RUMO

Quando o sentimento é descuidado,
abandonado à própria sorte,
perde-se em descaminhos...
Lançado na fogueira do descaso,
arde nas chamas da indiferença,
 se consome lentamente...
Cegos entre as labaredas da
 incompetência,
sucumbimos sufocados pela fumaça  e
 ao final nos transformamos
em restos  de madeira queimada,
 espalhando cinzas pelo chão
 da solidão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário