PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Satrno




SATURNO 


Que mistérios abrigam teus anéis

Teus enigmas desafiam a razão

Corre em tuas veias sangue dos corcéis

Traz no peito, indomável coração



Senhor do tempo, reinou no Lácio

Soberano da foice e do poder

Ergueu no universo seu palácio

Deus Cronos, guarda as chaves do saber.



Saturno, poeta da solidão

Teu planeta é uma constelação

Via Láctea de estrelas e flores



Tuas luas brilham nas caudas dos ventos

Vestem de beleza o firmamento

Aquecem tua órbita de amores

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