PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Amor em poesia



   AMOR EM POESIA

     Vou te amar
     em qualquer lugar...
     Não importa se não temos cama
     (a grama macia é pra deitar e rolar). 
     Na relva, na areia, nas estrelas,
     nós só queremos amar...
     Não importa se não tiver altar,
     (o céu, a terra, o luar
     há de nos abençoar)...
    Temos canto, paixão e magia,
     nosso rosário de conchas do mar...
     E quando o sol acordar,
     brindaremos o novo dia...
     No segredo dessa alquimia,
    com  a essência da nossa poesia,
    nosso amor há de sempre renascer,    
    em versos de encantamento e prazer.




   (Dueto com o poeta José Carlos de Souza escrito em 19/02/2013)

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