PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 28 de setembro de 2014

O abraço




O Abraço
 

Quanta coisa cabe num Abraço
uma poesia,  uma oração...
Um pedido de desculpas,
uma declaração.
No aconchego de um abraço,
mora o afago que acalenta,
a força que sustenta a dor.
O abraço é a fala do corpo
ditada pelo coração...
Um gesto de amor,
sorriso de gratidão.
No silêncio do Abraço,
as almas se reconhecem,
as mágoas desaparecem,
afrouxam - se os nós...
Como o sopro de um milagre,
estreitam-se enfim, os laços...

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