PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O labor da poesia



O LABOR DA POESIA

Descanso é labor
Para a alma poeta
Que verseja com ardor

De verão a verão
Respira o silêncio,
Ar fresco de inspiração

Alimenta-se de sonhos,
Palavra é poesia...
Na calada da noite,
No portal do dia.

Assim vive o poeta,
Rabiscando com a pena...
De preguiça em preguiça,
Inventando poema.


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