PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Julius

JULIUS

Julho bate à porta alardeando frio
Deixa pra trás metade do caminho
Sonhos e planos realizados, ou não...

Da janela se avista um horizonte nublado
Dias curtos festejam a timidez do sol
Noites austrais alongam a espera


Julho traz o fogo e o poder de Leão
Marco do tempo e da continuação 

Um comentário:

  1. Bonito poetrix a Julius.
    Lindo dia da Independência.
    Abraços
    Bju de paz.

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