PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A linguagem das flores

A LINGUAGEM DAS FLORES

Quem disse que as rosas não falam
Certamente não entende
A língua do coração...
As flores quando sorriem
Exalam em seu perfume
Palavras coloridas de emoção

Pergunte ao bom jardineiro
Que passa horas no canteiro
Quanto sonho já segredou
No ouvido apurado da flor...

Ele há de confessar
Que não há outra criatura
Que o ouviu com tanta doçura
E no silêncio acalentou
Sua alma com amor e ternura

Aquele que oferece uma flor
Não precisa de palavras
Pra justificar o presente...
No pergaminho das pétalas
Vai grafado sutilmente
Tudo aquilo que se sente

Flores são poemas...
Não basta ter olhos e ouvidos
Pra escutar
Há que se ter a alma despida
Uma loucura escondida
A coragem para amar...


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