PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sábado, 28 de janeiro de 2012

ESTATE
 
 

Verão
Verão, és quente como os beijos que perdi
és cheio de um amor que já passou
E que meu coração queria esquecer
Verão, o sol que todos os dias nos aquecia,
que esplêndidos crepúsculos coloria
E que agora me queima com agressividade
E chegará outro inverno,
cairão milhares de pétalas de rosas
A neve cobrirá todas as coisas,
e talvez um pouco de paz trará
O verão, que doou seu perfume a diversas flores,
o verão que criou nosso amor
primoroso trabalho e um legado de dor

(João Gilberto)





Um comentário:

  1. Io vissi l'estate dei miei sogni ed io non aspetto l'inverno. Io cerco oggi le primavere, un giardino in fiore che mi ingoia la bellezza permanente ed in lui io non aspetterò l'inverno, improvvisamente molto prima, io vado alla deriva, nell'autunno dei miei giorni, ancora dare frutta... E poco mi importa se le foglie cadranno...

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