PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

terça-feira, 16 de outubro de 2012



 ECOS DA ALMA


O silêncio
Estrangula a garganta...

A angústia dá sinais de desespero
Na ânsia de não se afogar,
Prisioneira...

Nos estreitos recônditos do ser
Debate-se a inquietação
Desatino efervescente...

Turbilhão em redemoinho
Engole as vias da razão
Alastrando-se em devastação

Sentimentos incongruentes
Transitam nos fios da incerteza
Desejos fagocitados...

 Loucura febril
Corpo dilacerado
Vestido de breu

Gritos inaudíveis
Atravessam o vácuo
Sombrio...

 São os ecos da alma
Rompendo os tímpanos
Do vazio...

(By Me)

Um comentário:

  1. Belísima composição,Beth!!! Meus parabéns!

    Também te felicito pela ótima apresentação de teu blog!

    Uma boa noite

    Otávio

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