PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Interlúdio


  INTERLÚDIO


Sobre a tez aveludada
Uma borboleta repousa
Aspirando o aroma inebriante,
E a flor desabrocha em luz....

No calor do toque
Sensações afloram
Intensamente...

Nesse ritual silencioso
O desejo explode
Incontinente

Interrompendo a pausa,
O delírio ecoa
No prazer da entrega...

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