PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 20 de janeiro de 2013

CALMARIA


CALMARIA

Na vertigem da entrega
sinto-me tragado por desejos
divididos entre a terra e o mar.
Diante de apelo silencioso
das águas turbulentas,
o cais se faz necessário
porto da minha ambição...

Ancoradouro bucólico,
onde marolam carinhos
à luz difusa do farol
que faz a lua suspirar.
As ondas brancas das águas
que beijam a areia da praia,
trazem promessas sutis...

No cenário da vida, 
há marcas que ficam
tatuadas no tempo.
Na memória da alma
bailam fragmentos
em lampejos cintilantes.
São os momentos felizes
que a vida nos dá...



Beth Lucchesi & José carlos de Souza







José Carlos de Souza é poeta cadastrado no Recanto das Letras.





 






Nenhum comentário:

Postar um comentário