PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O medo



O MEDO



O Medo

É arma

letal



Corta

fere

castra.



O medo

É morte

Sutil...



Uma

Linha

tênue


Traça

dois

lados



Entre

ir ou

ficar



Fugir

Ou

tentar



Sentar

ou

saltar



Andar

ou

voar



Parar

e não

saber



Correr

riscos e

viver...



Entre

ser ou

não ser.



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