PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tua lua

TUA LUA
A noite cai...
Ventos cálidos sopram saudade
entre as frestas de tua ausência...

Abro as janelas e
descortino o céu...

Sob o átrio estrelado,
deixo-me banhar pela
lua, nua...

Raios de luz me abraçam
como uma carícia...

Inebriada,
imagino teus beijos e
adormeço feliz.

Um comentário:

  1. Boa noite Beth, seus dois poemas nos trazem a sua marca inconfundível, de uma profundidade poética imensurável, porem embevecida por uma elegância verbal invejável, parabéns pelos contagiantes poemas um grande abraço, deste seu fã de sempre, MJ.

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