PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 18 de maio de 2014

Amar não é escolha



AMAR NÃO É ESCOLHA



No amor não cabem arrependimentos. Amar não é uma questão de escolha; acontece à nossa revelia. Logo, é irrelevante afirmar que há arrependimento em ter se apaixonado por alguém.

Ninguém escolhe a quem amar; seria maravilhoso se pudéssemos. Será?

Penso que não. A vida seria muito óbvia, os relacionamentos muito sistemáticos e previsíveis.

Não acredito que exista a pessoa certa e o coração sabe disso.

Ele não avalia, não analisa, não pondera. Ele “reconhece” aquele que o faz pulsar, aquele que descobre as senhas que abrem suas portas, aquele que acende o sol dentro de si.

A nós, só nos resta amar e amar, pois todo amor é eterno enquanto dura.

Se amanhã já não houver, o que foi vivido jamais se apagará.

Teremos cumprido nossa sina e justificado nossa existência, no amor.






Nenhum comentário:

Postar um comentário