PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Ecos




ECOS

Tua voz me enlouquece...
Sopra em meus ouvidos
e desliza pelo corpo,
desbravando recantos
em acordes sutis....

Desperta vontades,
dizendo-me coisas
que adoro escutar....

Tua voz é pluma
que voa em meus canais,
fluindo como melodia
que me faz arrepiar...

Entoando canções de magia,
tua voz é puro deleite
que ecoa dentro de mim...

Tua voz é poema
escrito com bela pena
cujos versos carmim
bailam com sutileza
dentro de meu camarim

2 comentários:

  1. Olá querida, Boa tarde. Lindas poesias aqui. Parabéns. Bjs-- Alberto.

    ResponderExcluir
  2. Haverás sempre de ouvir os ecos... É da tua natureza a sensibilidade para ouvir o roçar da pena sobre o papel e perceber as nuanças que acabam por formar quiálteras textuais nas polirritmias da vida... Quem ecoam... À batida do teu coração que pulsa com o compasso marcado na partitura da tua existência... Sem sustinados e bemois... Só sons naturais... De ti, sempre de ti... Só o que é natural...

    ResponderExcluir