PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

LEMBRANÇAS DE ITAPUÃ
(By Me)

Passeio na beira do mar
Água de coco gelada
Esteira pra descansar
Preguiça de não fazer nada

O sol que ardeu se despede
A noite querendo chegar
Uma brisa suave antecede
A lua que já vai brilhar

Tragando cachaça da boa
No violão um argumento
Uma bela canção já ecoa
Brindando aquele momento

Na paisagem de magia
A natureza é irmã
Saudade daquela poesia
De uma tarde em Itapuã



Essa trova foi inspirada na majestosa e imortal composição do inesquecível e inigualável poeta Vinicius de Moraes e seu eterno parceiro Toquinho. (Tarde em Itapuã).

Nenhum comentário:

Postar um comentário