PALAVRAS SINGULARES

São palavras jeitosas, formosas, inteiras.

Sem sentido, sem juízo, sem valor.

Faceiras, brejeiras, até corriqueiras.

Palavras intensas, carentes ou contentes.

Indecentes, inocentes, contingentes.

Trazem riso, pouco siso, alegoria.

Palavras de fé, de magia, de folia.

Fazem chorar, descontrolar e lamuriar.

Falam de amores, de dissabores,

exaltam as dores.

Palavras alegres, cintilantes, efusivas.

Verdadeiras, sorrateiras, benzedeiras.

Palavras que excitam, incitam, ousam sonhar.

Assim como falam, se calam.

Suplicam, replicam, explicam.

Palavras perdidas, inventadas...

De enfeite, deleite, um falsete.

Palavras tão belas, palavras de fera.

São palavras singulares,

São palavras de mim.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

 O DESTINO DA PEDRA
(By Me)

A pedra que estava no caminho
Foi parar dentro do sapato
Porque eu como sempre distraído
Tropecei na danada sem notar
Agora vivo mancando bem torto
Com a maldita doendo no pé
Culpa daquele poeta sem graça
Muito tirado a entendido
Com tanto lugar para por a dita cuja
Acabou jogando no meio da passagem
Já que queria se livrar do encosto
Antes tivesse guardado na garagem
Ou atirado no telhado do vizinho
Pois se assim tivesse feito
Não haveria a tal pedra no caminho

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